Há poucos anos atrás, costumava surpreender os meus interlocutores ao afirmar que em breve estaríamos vendo danças dentro da igreja. Estes ficavam chocados e perguntavam, “Como pode ser isso?”. Eu explicava que este seria o desenvolvimento óbvio da situação musical da época, porque as músicas utilizadas na adoração eram excessivamente ritmadas. O argumento seguia a lógica que seria impossível dar um estímulo por muito tempo sem que este estímulo encontrasse uma resposta, ou uma expressão.
Atualmente, já é bastante comum as igrejas evangélicas terem um “Ministério de Dança”. Os defensores desta atividade até mesmo citam a Bíblia para afirmar que as danças e os tambores eram comuns na adoração do povo de Israel e que até reis e profetas fizeram uso dos mesmos. Estes argumentos serviriam de base para a justificativa ao uso de tambores e danças na adoração hodierna. Caso estes argumentos estivesses corretos, esta visão faria sentido, uma vez que, sendo Deus imutável em Seus preceitos, podemos seguramente afirmar que os mesmos princípios de adoração válidos para o tempo do Antigo Testamento, são válidos para a igreja atual, guardadas as diferenças de contexto histórico e teológico.